terça-feira, 22 de abril de 2014

Violência, um reflexo da nossa pessima educação

Essa semana minha ideia é abordar um assunto muito importante e que fez parte do noticiário da televisão, do radio e das mídias alternativas nos últimos dias, o caso do menino Bernardo no município de Três Passos, essa fatalidade me levou a fazer reflexão profunda quando a condição social e a violência no Brasil. Os grandes veículos de comunicação deste país tratam a violência como algo normal e corriqueiro nas comunidades carentes e nas favelas nos grandes centros urbanos, ou seja, violência é sinônimo de pobreza e falta de estrutura social, a forma com que foi tirada a vida desse menino nos lembra o caso Nardone no qual a família também muito bem amparada financeiramente e em que os assassinos possuíam uma boa instrução, pois bem isso só nos traz uma constatação, nem sempre formação é educação apenas é conhecimento. Prefiro ficar com a inocência e com a simplicidade dos que amam e valorizam acima de tudo a vida e o “ser humano” e não o que as pessoas possuem.
No Brasil as coisas estão cada vez mais complicadas os que possuem o dinheiro, possuem tudo, mas morrem de medo, enquanto isso os que possuem pouco ou quase nada morrem de fome. A sociedade, a família e a escola não estão conseguindo cumprir seu papel social de educar os seus filhos, e não estou falando apenas das escolas publicas, pois temos o costume de culpar as más condições das escolas das periferias e esquecemos que os jovens que incendiaram o índio em Brasília, os que assassinaram o morador de rua a pauladas em São Paulo e os jovens que abusaram da menina em Florianópolis eram estudantes de escolas particulares e tradicionais nas suas cidades.

Enquanto a maioria dos nossos políticos estão discutindo a compra de uma refinaria pela Petrobrás, se as obras da copa estão sendo superfaturadas ou não a realidade do nosso pais ficara sendo essa, não que não seja importante discutirmos isso, mas precisamos pensar nas pessoas, precisamos ser um país de cidadãos responsáveis socialmente, autônomos e capazes de agir e modificar o meio em que vivem sem causar danos ao seu semelhante ou a natureza, mas isso é utopia, pois a principal preocupação dos governantes é apenas o poder pelo poder e seu principal valor é o  ‘dinheiro’ precisamos buscar construir uma sociedade em que o seu principal valor seja o SER HUMANO e suas relações, uma sociedade em que o amor ao próximo sai de dentro das igrejas e passe a fazer parte da conduta das pessoas, precisamos assumir com humildade  que temos muito a crescer se aprendermos a respeitar as leis de Deus, da natureza do homem. Não nos basta dizer que somos feito a imagem e semelhança de Deus se nossa conduta não tiver nada a ver com isso, precisamos educar hoje as nossas crianças para que no futuro não seja preciso punir os adultos.   

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Uma pequena analise das manifestações preconceituosas dos últimos dias e uma educação tradicional bancaria

Já estamos no ano de 2014 e muito já avançamos e muito ainda precisamos avançar, essa semana ficou marcada por um fato muito triste no clássico grenal e que vem se tornando muito frequente no RS, e não estou falando da derrota do Grêmio, estou me referindo ao caso de racismo contra o zagueiro Paulão do Internacional. O fato ocorreu em um setor “nobre” do estádio e foi causado por uma pessoa que podemos deduzir que possua instrução e boa condição financeira, isso nos traz a tona um problema que não está sendo discutido e tão pouco trabalhado nas escolas e muito menos nos meios de comunicação.
Essas atitudes preconceituosas não apenas raciais, mas também em relação a gênero ou mesmo social nos mostra o quão longe estamos de uma sociedade justa e igualitária e na qual impere de fato a democracia. Paulo Freire ao falar sobre a democracia nos traz que “Quão longe dela nos achamos quando vivemos a impunidade dos que matam meninos nas ruas, dos que assassinam camponeses que lutam por seus direitos, dos que discriminam os negros, dos que inferiorizam as mulheres” (1996, p. 36).
Porem cabe a nós o “povo” pensar qual nosso papel na sociedade e qual é o nosso verdadeiro valor, é um valor humano ou capital, me chama a atenção ver que escolas e faculdades que são mantidas pelas igrejas são na maioria das vezes instrumento de manutenção das coisas como estão e inatingíveis para a camada mais popular da sociedade, será que de fato estas igrejas seguem o exemplo de Jesus Cristo? “Sempre recusei o fatalismo. Prefiro a rebeldia que me confirma como gente e que jamais deixou de provar que o ser humano é maior do que os mecanismos que o minimizam”. Freire, (1996, p.115) Por acreditar nisso jamais desistirei de buscar através da educação uma sociedade mais justa e igualitária, pois “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém” e precisamos ter consciência de que não da mais para aceitar a educação como instrumento de dominação e de manutenção das coisas como estão preocupada apenas com a formação para o mercado de trabalho, não eram de escola publica e nem da periferia os jovens que atearam fogo no índio Gaudino em Brasília, nem os que mataram a pauladas o morador de Rua em São Paulo. Acredito que o papel da educação deve ser de formar sujeitos autônomos e responsáveis capaz de agir e transformar o meio em que vivem sem explorar nem causar danos ao próximo nem ao planeta. Isso é difícil, mas não impossível vamos nós mesmos ser a mudança que esperamos no nosso planeta. “UM MUNDO MELHOR É POSSÍVEL”