segunda-feira, 30 de junho de 2014

A chuva e o transtorno no RS

As eleições estão chegando, os candidatos estão sendo definidos, mas o que esta me tirando o sono e me deixando muito triste é calamidade publica causada pelas cheias dos rios no nosso estado em especial nas regiões norte e noroeste e que também atinge os municípios catarinenses e argentinos banhados pelo rio Uruguai. Esse fator meteorológico me trouxe uma reflexão quanto ao fato de que nós gaúchos vivermos em um estado onde as temperaturas atingem os extremos, no verão é muito quente e no inverno é extremamente frio e com temperaturas muito baixas, esta enorme variação deveria fazer com que pensássemos em outras formas de construir nossas casas com sistemas de aquecimento e com formas alternativas para a produção de energia.
Nosso estado é muito rico e com dimensões maiores que muitos países e o nosso problema é a má divisão das riquezas produzidas no nosso estado, nosso Rio Grande possui o mesmo problema do restante do país, quem tem tem muito e quem pouco tem, quase não tem nada. Às vezes vejo pessoas defendendo o capitalismo como o melhor formato de regime para a sociedade, confesso que simpatizo mais com o socialismo e posso garantir que se pararmos para analisar qualquer um dos dois regimes extremos é desumano, mas se conseguíssemos um meio termo entre os dois nos aproximaríamos de uma sociedade ideal, mais justa e com menos desigualdade.
Não tenho como ajudar aos nossos irmãos e irmãs atingidos por essa fatalidade, mas gostaria de pedir que todos nós independente de crença e religião elevássemos nossos pensamentos a Deus e pedíssemos a ele para amenizar o sofrimento dessas famílias e que tudo possa voltar ao normal e que ele abençoe a cada um dos voluntários e soldados do exercito, bombeiros e brigada militar que não estão medindo esforços para auxiliar as famílias flageladas.   




      

A mudança que queremos na sociedade precisa começar por nós e pela nossa educação!

Cada vez mais queremos um país melhor e com menos desigualdade, mas esquecemos de fazer a nossa parte e olha que não estou falando das eleições e nem da copa do mundo, o que estou querendo falar é sobre todos os problemas de ordem social e de relações entre as pessoas. Nos países de primeiro mundo os mais idosos recebem atenção especial por parte dos governos e muito carinho e cuidados por parte das famílias, aqui envelhecer é quase certeza de ser desrespeitado, em nosso país não se respeita a bagagem histórica e cultural dos mais velhos e a única preocupação que ouvimos falar é com as questões previdenciárias e o prejuízo que as aposentadorias causam aos cofres públicos. Um país que não cuida dos seus idosos não valoriza sua própria história.
Outro fator que me causa preocupação é a falta de educação e de comprometimento com o próximo, os números da violência e de pessoas que perdem a vida no transito ou assassinadas no Brasil é muito maior do que em países em guerras, as pessoas não respeitam as regras e possuem o habito de desafiar a logica e se envolver em situações cada vez mais extremas e perigosas para a sua própria vida e para a vida dos que estão próximas, então hoje não é errado afirmar que como nação somos muito atrasados quando o assunto for senso de responsabilidade.
No campo da saúde já não bastasse todos os problemas que temos no país surge agora uma epidemia causada pelo uso de drogas cada vez mais forte e com resultados devastadores, as pessoas estão perdendo tudo e vivendo como zumbis nas ruas levadas ao extremo tudo por causa da necessidade de consumir certas drogas, no feriado do dia do trabalhador fomos passear em Porto Alegre e fiquei muito chocado com o numero cada vez mais crescente de pessoas morando nas ruas próximas à rodoviária, no ano passado quando estava estudando à noite na capital passei por situações que me causaram muito medo, pois a insegurança no centro da nossa capital fica maior ainda durante a noite.  
Fico muito triste como educador, pois sempre acreditei muito no “ser humano” e na nossa capacidade de amar ao próximo e de viver em sociedade. Essa semana eu presenciei um caso em que um morador de rua estava tendo uma convulsão e as pessoas próximas ficaram indiferente, minha indignação perante aquele fato pode não ter resolvido o problema, mas serviu para que os que estavam perto de mim pensassem um pouco mais na situação daquela vida que poderia ser um pai, um filho, um irmão, era um ser humano e devemos acreditar que todos merecem a mesma dignidade independente de morarmos na rua ou em um palacete.
“A politica deve ser um confronto de ideias e não um confronto de pessoas”


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Política e as relações sociais!

Meu principal interesse como educador e a transformação da sociedade através da “educação”, mas nos dias de hoje não me encontro tão otimista assim. No Brasil o povo possui uma postura opositora a tudo o que lhes é proposto e a qualquer forma de ordem ou poder, nosso povo possui o habito de criticar tudo, mas não procura fazer sua parte, quando o governo monta operações para fiscalizar as rodovias com intuito de evitar que um número alarmante de vidas sejam ceifadas nos feridos e final de ano, o que vemos são criticas e pessoas defendendo que a policia faz essas operações apenas para arrecadar dinheiro, mas os números estão lá e não mentem são milhares de multas por excessos  e um número exagerado de mortes no transito a cada ano.
Esse mesmo povo a quem nada é positivo são os mesmos que furam filas, ultrapassam sinal vermelho, desrespeitam mulheres, índios, idosos e negros, são os mesmos que jogam lixo nas ruas e entopem os bueiros, posso ate estar parecendo fatalista, mas não, estamos nos encaminhando para um caos social semelhante ao que vivem no Haiti, as pessoas agora começaram a julgar e executar sentenças contra outros na maioria das vezes inocentes, e mesmo quando são culpadas não cabe a nós julgar este deve ser o papel da justiça é para isso que temos uma constituição e as leis que regem este país. O caso mais recente e que me chocou muito foi o da mãe morta em São Paulo por ser confundida com uma suposta sequestradora e agora pergunto será que somente assumindo que erraram vai ameniza a dor da perda da família dela? Pois para mim o nosso povo não está maduro o suficiente para ter o poder e a liberdade que a democracia permite, as redes sociais se utilizadas da maneira correta teriam um papel muito importante, mas se utilizadas de forma errada podem causar danos irreparáveis. Lutamos tanto por liberdade e agora que a temos não sabemos como usa-la, confundimos nossa liberdade com o direito de avançar e ocupar o espaço e a liberdade que pertence ao outro, devemos ter a consciência que até a liberdade necessita ter limites.
Você pode estar pensando o que estas questões têm a ver com a politica? Eu lhes digo que as questões estruturais e sociais são as que resultam em uma péssima forma de se fazer gestão politica, claro que não da para generalizar existem políticos ótimos, assim como pessoas maravilhosas na sociedade, mas o que me causa medo é que esses são cada vez mais a minoria. Eu sempre faço uma analogia quanto aos nossos representantes políticos comparo o país como uma arvore na qual as comunidades são as raízes e a copa da arvore é o governo, se a raiz não estiver boa, não há como ter folhas saudáveis e nem como colher bons frutos. 


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Não sou macaco, sou ser humano!

Nessa semana não posso fugir de um assunto que virou noticia no mundo todo envolvendo o jogador brasileiro Daniel Alves e a atitude tomada por ele em relação à banana que foi jogada no campo de futebol durante uma partida do campeonato espanhol, essa atitude racista não me surpreende se formos ver as questões históricas veremos que o preconceito e a segregação sempre foram marcas registradas dos “seres superiores Europeus”, ou pelo menos eles pensam assim, o preconceito na Europa é mais comum do que se pensa principalmente com os Africanos e com os latinos Americanos tenho relato de vários colegas que foram estudar lá e não trouxeram boas experiências.
Mas o que me choca é ver manifestações contra o racismo aqui no Brasil um pais que possui mais de 50% da sua população formada por negros e os mesmos vivem amontoados nas favelas das grandes cidades e a única estatística que lideram é a da violência, o número de negros nas universidades brasileiras não chega a 2% e desses nem a metade consegue concluir o curso, grande parte da população é contra as cotas e até picharam nos muros e calçadas da UFRGS que lugar de negros era nas senzalas e lugar de macacos é na jaula, essa mesma sociedade esta apoiando a ação do Daniel Alves e esquecem que somos uma ex-colônia europeia na qual os europeus quando aqui chegaram receberam do governo terras e dinheiro para começar uma nova vida, enquanto os negros quando houve a abolição da escravatura foram obrigados a fazer uma escolha, ou trabalhavam por um prato de comida, ou se amontoavam nos morros terreno acidentado e de difícil acesso e improprio para cultivo de qualquer cultura que fosse.
Nessa relação colônia, colonizado, escravo, escravocrata ainda nos resta o papel dos índios que apesar de estarem aqui quando os Europeus chegaram a ter todas as suas riquezas levadas para a Europa para enriquecer os europeus, hoje são chamados de vagabundos, tem seu território demarcado e vivem em conflito com os agricultores na sua maioria produtores de gado e soja, ou seja, os grandes latifundiários. A única coisa que me recordo ter havido com um índio e que teve grande repercussão no Brasil foi o caso do índio Gaudino que foi incendiado por um grupo de jovens de classe media alta que saiam de uma balada e resolveram se divertir ateando fogo num mendigo, claro na cabeça deles o pai possui dinheiro e nada acontece com quem tem poder nesse país e mesmo que fosse um mendigo ele era um ser humano.

Portanto não me comove esse modismo de pessoas postando fotos no facebook com bananas e os dizeres como “somos todos macacos”, pois não sou macaco sou um “Homo Sapiens”, um “ser humano” e por isso penso e ajo por mim mesmo e espero realmente que essa comoção das massas sirva para que as pessoas passem a rever seus conceitos e mudem sua forma olhar os negros, índios, mulheres, homossexuais e pobres. Espero que essa indignação não acabe de uma hora para outra assim como aconteceu com os movimentos no ano passado e não resultou em nada.    

terça-feira, 22 de abril de 2014

Violência, um reflexo da nossa pessima educação

Essa semana minha ideia é abordar um assunto muito importante e que fez parte do noticiário da televisão, do radio e das mídias alternativas nos últimos dias, o caso do menino Bernardo no município de Três Passos, essa fatalidade me levou a fazer reflexão profunda quando a condição social e a violência no Brasil. Os grandes veículos de comunicação deste país tratam a violência como algo normal e corriqueiro nas comunidades carentes e nas favelas nos grandes centros urbanos, ou seja, violência é sinônimo de pobreza e falta de estrutura social, a forma com que foi tirada a vida desse menino nos lembra o caso Nardone no qual a família também muito bem amparada financeiramente e em que os assassinos possuíam uma boa instrução, pois bem isso só nos traz uma constatação, nem sempre formação é educação apenas é conhecimento. Prefiro ficar com a inocência e com a simplicidade dos que amam e valorizam acima de tudo a vida e o “ser humano” e não o que as pessoas possuem.
No Brasil as coisas estão cada vez mais complicadas os que possuem o dinheiro, possuem tudo, mas morrem de medo, enquanto isso os que possuem pouco ou quase nada morrem de fome. A sociedade, a família e a escola não estão conseguindo cumprir seu papel social de educar os seus filhos, e não estou falando apenas das escolas publicas, pois temos o costume de culpar as más condições das escolas das periferias e esquecemos que os jovens que incendiaram o índio em Brasília, os que assassinaram o morador de rua a pauladas em São Paulo e os jovens que abusaram da menina em Florianópolis eram estudantes de escolas particulares e tradicionais nas suas cidades.

Enquanto a maioria dos nossos políticos estão discutindo a compra de uma refinaria pela Petrobrás, se as obras da copa estão sendo superfaturadas ou não a realidade do nosso pais ficara sendo essa, não que não seja importante discutirmos isso, mas precisamos pensar nas pessoas, precisamos ser um país de cidadãos responsáveis socialmente, autônomos e capazes de agir e modificar o meio em que vivem sem causar danos ao seu semelhante ou a natureza, mas isso é utopia, pois a principal preocupação dos governantes é apenas o poder pelo poder e seu principal valor é o  ‘dinheiro’ precisamos buscar construir uma sociedade em que o seu principal valor seja o SER HUMANO e suas relações, uma sociedade em que o amor ao próximo sai de dentro das igrejas e passe a fazer parte da conduta das pessoas, precisamos assumir com humildade  que temos muito a crescer se aprendermos a respeitar as leis de Deus, da natureza do homem. Não nos basta dizer que somos feito a imagem e semelhança de Deus se nossa conduta não tiver nada a ver com isso, precisamos educar hoje as nossas crianças para que no futuro não seja preciso punir os adultos.